percurso souto mouta (arquiteto)

Eduardo Souto de Moura nasceu no Porto em 1952. Em 1980 licenciou-se em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Em 2011 recebeu o prémio Pritzker, a mais alta distinção da profissão de arquiteto. Foi na cidade do Porto, onde sempre trabalhou e habita, que iniciou a sua atividade profissional com Álvaro Siza (1975 a 1979), também ele prémio Pritzker (1992), com quem até hoje mantém uma estreita relação de amizade e trabalho. Ambos arquitetos portuenses, construíram o prestígio internacional da arquitetura portuguesa contemporânea. Entre 1981 e 1991 foi docente na Faculdade de Arquitetura do Porto. Foi professor convidado em diversas instituições de ensino, entre outras, a Graduate School of Design Harvard University e a École Polytechnique Féderale de Lausanne Section Architecture.
Eduardo Souto Moura defende a arquitetura como atividade tão artística quanto política, intervindo publicamente com firmeza sobre o papel da arquitetura no desenvolvimento social.
Com edifícios em diferentes lugares do mundo, foi a cidade do Porto e a sua área metropolitana que beneficiou desde cedo com a excelência da sua Obra. As suas casas, discretas para a cidade, mas cheias de luz no interior, transformaram o gosto da classe burguesa portuense, sedenta de uma modernidade consonante com a integração de Portugal na Comunidade Europeia (1986), após anos de isolamento e instabilidade política pós-revolucionária. No âmbito disciplinar, as suas primeiras obras constituem uma das referências mais presentes na arquitetura portuguesa dos últimos 30 anos. Esta arquitetura, em que todos se reconhecem, cruza a universalidade da linguagem moderna com as tecnologias construtivas tradicionais portuguesas nomeadamente do Norte do país. Os muros de granito aparelhados manualmente irmanam com extensos panos de vidro, ora transparentes ora refletores da natureza envolvente, conforme pode ser observado na Casa das Artes (1981-1991). A espacialidade ampla e disponível do interior destas primeiras obras, é transportada, vinte anos depois, para as diferentes estações do Metro do Porto, obra que desenvolve entre 1997/2005. No seu interior, as estações, enriquecidas pelos azulejos artesanais de cor pálida e o granito escuro acetinado, transmitem um conforto luminoso, surpreendendo sempre o utilizador, como são exemplo a estação Casa Música e Paranhos. Os edifícios que constrói na cidade procuram completá-la através das suas volumetrias naturais face à envolvente enriquecendo-a com nova identidade (Casa do Cinema Manoel de Oliveira 1998/2003,
Torre Burgo 1991/2007). É no entanto no espaço público que as cidades da área Metropolitana do Porto mais beneficiaram da generosidade da arquitetura de Souto de Moura. As diferentes intervenções resultantes das inserções urbanas do Metro do Porto, desenhadas ou coordenadas por ele, permitiram transformar radicalmente o futuro da segunda maior área metropolitana de Portugal, dotando-a de soluções urbanas em grande extensão cuja qualidade não é facilmente igualável no resto do País.
 

legenda

P 01
Casa das Artes 1981-91
R. Ruben A, 210

P. 02
Casa Nevogilde 1 1982-85
R. do Padrão, 170, Nevogilde

P. 03
Casa Nevogilde 2 1983-88
R. de Nevogilde, 103

P. 04
Reconversão de Depósito de Carvão a Escritórios 1984
R. do Padre Luis Casal, 49, Foz Velha

P. 05
Anexos na Rua da Vilarinha 1986-88
R. da Vilarinha

P. 06
Habitação Unifamiliar 1987-94
R. Miguel Torga, 55, Boavista

P. 07
Burgo Empreendimento – Edifícios de Escritórios e Comércio 1991-2007
Av. da Boavista, 1837

P. 08
Habitação em Banda 1992-2002
R. de Alfredo Keil, 582, 594, 604, 610, Pasteleira

P. 09
Edifício de Habitação Colectiva 1992-95
R. do Teatro, 156, 158, Foz do Douro

P. 10
Biblioteca Infantil – Biblioteca Municipal 1992-2001
Av. Rodrigues de Freitas, 17

P. 11
Recuperação da Alfândega e Museu dos Transportes e Comunicações 1993-2002
R. Nova da Alfândega

P. 12
Edifício de Habitação 1994-2000
Praça de Liége, 104

P. 13
Habitação Unifamiliar 1996-2001
R. do Crasto, 213

P. 14
Reconversão da Cadeia da Relação a Centro Português de Fotografia 1997-2011
Campo Mártires da Pátria

P. 15
Habitação Unifamiliar (Recuperação) 1998-2000
R. do Padre Luis Casal, 71, Foz Velha

P. 16
Casa do Cinema Manoel de Oliveira 1998-2002
R. do Arq. Viana de Lima, 224-A

P. 17
Casas Quinta da Avenida 2003-05
Av. da Boavista, 16-90, 43-110

P. 18
Edifício de Escritórios Avenida da Boavista 2004-07
Av. da Boavista, 189-229

P. 19
Avenida dos Aliados 2005
Av. dos Aliados
Co-autoria Álvaro Siza

P. 20
Estação de Metro Trindade
R. do Alferes Malheiro

P. 20.1
Estação de Metro Aliados
Av. dos Aliados

P. 20.2
Estação de Metro Faria Guimarães
R. Faria de Guimarães

P. 20.3
Estação de Metro Marquês
Praça do Marquês do Pombal

P. 20.4
Estação de Metro Combatentes
R. da Alegria

P. 20.5
Estação de Metro Salgueiros
R. de Augusto Lessa

P. 20.6
Estação de Metro Heroísmo
R. do Heroísmo

P. 20.7
Estação de Metro Campo 24 de Agosto
Campo 24 de Agosto

P. 20.8
Estação de Metro Bolhão
R. de Fernandes Tomás

P. 20.9
Estação de Metro Lapa
Alameda dos Capitães de Abril

P. 20.10
Estação de Metro Carolina Michaëlis
Escadas de Carolina Michaelis

P. 20.11
Estação de Metro Casa da Música
Av. de França

MA. 01
Casa Maia 1 1990-93
R. D. Gonçalo Mendes da Maia, 126, Nogueira da Maia

MA. 02
Casa Maia 2 1996-2007
R. Nicolau Nasoni, Lotes 1 e 9

MA. 03
Edifício de Habitação Colectiva e Escritórios 1997-2001
R. da Cavada 173, 175 / Travessa da

MA. 04
Parque Central da Maia 1994
Centro Direccional da Maia

MA. 05
Casa Maia 3 1994
R. Nicolau Nasoni, 155

MA. 06
Metro/Abrigos Urbanos
R. Padre António

MT. 01
Casas Pátio 1993
R. Dr. Miguel Martins (acesso pela Av. Do Eng. Duarte Pacheco), 24, 306, 286, 282, 262, 260, 238, 234, 214, 202

MT. 02
Marginal Matosinhos 1995-2002
Av. Norton de Matos

MT. 03
Galeria Silo Cultural 1998
Centro Comercial Norte Shopping

MT. 04
Estacionamento – Marginal Matosinhos 2000
Av. Norton de Matos

VNG. 01
Casa Miramar 1 1987-91
R. J. Camarinha Barrote, 16, Miramar

VNG. 02
Galeria Rui Alberto 1996
Centro Comercial Arrábida, Loja 164, Piso 1